terça-feira, 28 de abril de 2015

" o tempo sem você"



                                “o tempo sem você”
Perambulando pelas ruas a sua procura, o tempo para, a dor da saudade me maltrata, na madrugada em outros braços, desesperada procuro o teu abraço em outras bocas o sabor do teu beijo, o tempo para, e em outros passos procuro o teu caminho, me perco no espaço a procura do sorriso que um dia me levou ao paraíso, o tempo para em outros  olhos tento encontrar o teu olhar, tempo cinzento sem brilho sem movimento, o tempo sem você é lentidão, à noite sem você não tem luar, te procuro no tempo do meu pensamento, nas lembranças marcadas pela felicidade, momentos que não voltam mais, dor que dilacera a alma, que divide em dois meu coração, o tempo para, e na loucura de te encontrar me perco em outros passos, ando em outros caminhos procurando teus carinhos, o tempo para e sem você vou me perdendo, sem você vou esquecendo de mim, sem você não tem futuro, o tempo para e na estrada do passado vou ficando, esperando, buscando teu amor, uma lágrima solitária vai descendo e os meus olhos já sem brilho vão morrendo, te buscando e te perdendo, o tempo sem você não tem sentido , tudo acabou e as ondas do mar cantam a canção do adeus, abraços e beijos que um dia foram meus encontraram outro porto, outro tempo, e o meu tempo sem você não tem mais tempo, tormento de um amor que se foi e não vai voltar, tempo sem tempo de amar.
Meu tempo sem você, dor de amor, saudade sem fim!
Maria Edith Faustino de Araújo
Ceres, 28/04/2015

segunda-feira, 20 de abril de 2015

"reconstruçaõ"



                                       


                                                           “reconstrução”

Você chegou, veio para ficar, reconstruiu em mim o amor há tempos esquecido, me fez voltar à vida iluminou a escuridão dos meus olhos, refez o jardim da minha existência, colocou em minha cabeça uma coroa de rosas perfumadas, me vestiu com o mais doce sorriso colocou em  minha boca a mais bela canção de amor. Assim como quem não quer nada foi me conquistando, me despertando para o amor. Olhei em seus olhos e me vi no paraíso, ao experimentar o seu beijo acordei da tristeza e da dor, nada mais importava, o tempo parou ao nosso redor existia apenas eu e você, o amor esquecido, renascido voltava com a força de um vulcão, com a velocidade de uma avalanche, e a delicadeza da rosa , você é o meu caminho, longe dos seus passos fico só, morro aos pouquinhos, me perco nos teus olhos e me encontro nos teus braços, você é o meu mundo, do direito do avesso, você me balança, me espanta e me conquista, é meu ator, professor e malabarista, me inventa, reinventa, me recria , me associa, me descobre, me envolve, você chegou para ficar, retomar o seu lugar , amor sem fim, junto de mim, me leva por aí, você é meu começo ,meio e fim, assim grudado em mim.
Maria Edith Faustino de Araújo
Ceres, 20 de abril de 2015.


sexta-feira, 10 de abril de 2015

"Perdi você"



                                                              “Perdi você”
Ganhei o mundo, e por um segundo fui dona de você, um momento apenas e a marca do amor ficou, sentimento que pensei ser eterno, mas que no teu coração ficou tão pouco tempo, um momento e os teus olhos arrebataram para sempre o meu olhar, um segundo apenas e fiquei presa em teus braços perdi o meu caminho nos teus passos, um momento que deixou um tormento para a vida inteira, uma saudade duradoura, uma angustia infinita que me deixa sem forças, pensei que poderia vencer a tristeza, a saudade, mas a sua lembrança, seu olhar e seu sorriso estão guardados no coração, no corpo ainda queima os seus abraços e na loucura da saudade te procuro em outros braços, vou vivendo e vou morrendo a cada dia e nessa agonia te procuro feito louca, no sabor de outra boca. Não te encontro não existe ninguém igual a você e nesta corrida maluca para tirar você do meu peito mais e mais me perco no teu passo, olhar profundo que em um segundo me aprisionou para sempre, tomou de assalto meu coração marcou a minha alma, um segundo apenas e perdi meu mundo, perdi você.
Ceres, 10 de abril de 2015
Maria Edith Faustino de Araújo

quarta-feira, 8 de abril de 2015

"Fim do amor"



                                    “Fim do amor”
O amor acaba, mas o coração não quer acreditar ele teima em guardar seu rosto, seus olhos, a boca que tantas vezes disse que me amava, os braços que tantas vezes me abraçaram me protegendo aconchegada ao seu peito. O amor acaba, mas o coração teima em manter ele vivo grudado como uma segunda pele, ali martirizando querendo estar com você sabendo que já não existe mais nada. O amor acaba, mas o corpo ainda guarda as marcas dos teus beijos, guarda o gosto dos teus lábios e o fogo do teu olhar fica ali, doendo, machucando querendo estar sem ter mais lugar. O amor acaba, mas o coração não se liberta não voa para outro amor, fica ali morrendo na saudade, perdido na vontade de te ver, o amor acaba, mas o coração não aceita o fim, continua ali, olhando, amando, sofrendo e chorando, te procura no amanhecer de cada dia, te procura no nascer da lua, vai pela madrugada procurando tua estrada que um dia foi minha e tua, o amor acaba, mas o coração se prende a ilusão de que um dia você vai voltar.

Ceres 08 de abril de 2015
Maria Edith Faustino de Araújo