MOMENTO
Quando a minha alma clama por paz!
Quando os meus olhos se perdem na imensidão do céu.
Quando meus passos se desequilibram pelo caminho, procurando o som do seu sorriso.
Alma em prantos, sorriso morto, teus olhos brilham em outro lugar, em outra rua.
Em cada esquina procuro, não encontro, apenas o silêncio me responde, silêncio assustador
que me arrasta para os confins do tempo, silêncio que me abraça, que mina a minha esperança,
que rompe a barreira da solidão e se instala sorrateiro, confundindo passado e presente.
em um espaço morno, sem brilho, sem cheiro ou cor, me prende como tentáculos de um polvo
gigante, eu me encolho dentro dele, desapareço por completo, e o som da minha alma ecoa, um
lamento triste, um suspiro que escapa do peito, clamando, gritando por um momento que se foi e
que não volta mais.
Maria Edith Faustino de Araújo
ceres-Go. 13/12/2023