quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

"HUMANIDADE"



Quanto mais observo menos entendo os homens, as coisas que estão acontecendo no Brasil e no mundo inteiro, às vezes penso onde foram parar as palavras do Senhor de todos os homens:
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, parece que as palavras “amor, respeito, honestidade” perderam o sentido neste mundo globalizado, elitizado onde o que conta é o tamanho da sua conta bancária e a cor da sua pele, e em alguns casos a religião.
Esse negócio de dizer “eu te amo” ficou tão sem sentido que esta apenas agregada aos relacionamentos amorosos, ou melhor, alguns nem tão amorosos assim, não se vê mais nenhum respeito pelas pessoas idosas ou não, por crianças e mulheres, o importante é você ser “esperto” é ter a “justiça” na palma da mão.
Quando assisto o jornal me arrepio com as noticias, e me pergunto “Voltamos ao tempo da escravidão?”, vejo “Leis” sendo criadas para beneficiar quem um dia jurou diante de um povo ser leal, honesto, humano, mas o poder corrompeu a dignidade extirpou a honestidade liquidou qualquer vestígio de “humanidade”. Nossos “justiceiros” que usam terno e gravata, que se “arvoram” “juízes” que se aposentam com salários “irrisórios” e que garantem que os aposentados com um salario milionário (note-se é o salário mínimo!) estão quebrando o País.
Penso na Constituição Federal que foi severamente atropelada, destroçada por esses “senhores” da justiça, vejo a imagem de um soldado com crianças (brancas e ricas é claro) fazendo pose para ser fotografado, e em outra um soldado revistando a mochila de um estudante (negro é claro), sem contar de questões de um vestibular que é de deixar qualquer pessoa (decente é claro) de cabelo em pé.
Os paladinos da justiça se apresentam diante das câmeras de televisão e enche a boca para falar do combate a corrupção, aos traficantes, enquanto se é descoberta contas milionárias na Suíça, esses “senhores” que estão dilapidando o País, que estão vendendo as suas riquezas e o povo  para uma escravidão moderna com uma “liberdade” de morte. E apresentam uma propaganda pedindo que se fotografe o Brasil que você quer.
Senhores, o Brasil que queremos é um Brasil de igualdades, onde as pessoas possam andar livremente, tenham direito a moradia, saúde e educação, onde os índios os negros não usem mais grilhões, o Brasil que queremos é um Brasil com uma justiça verdadeira e limpa, sem manipulações ah um Brasil sem a “Rede Globo” também seria ótimo.
Maria Edith Faustino de Araújo
28/02/2018

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

"UM OLHAR PELA JANELA"



Abro a janela de par em par é como abrir as janela do meu coração, a luz do sol ainda tímida inunda tudo, devagarinho vai abrindo espaço criando um arco-íris nas paredes e enfeitando o chão com inúmeros desenhos. As lembranças bailam na mente em ritmo acelerado ou lento sinto o cheiro de outros tempos de outro lugar.
Seu rosto preenche o espaço entre a realidade e o passado, então procuro no fundo do pensamento uma palavra sua, uma frase daquelas de efeito que só você sabia dizer, encontro um vazio desesperador alucinante, uma saudade do tamanho da minha janela. Ao longe vislumbro a cidade pessoas apressadas, ninguém escuta meu grito de desespero, não percebem a agonia de uma vida que morre em meio à saudade.
Deixo o olhar passear no passado, tempos idos de alegria e amor, recordo com nitidez o dia do adeus, assim o fim, as palavras retornam como um turbilhão, são como ondas gigantescas a afogar a minha esperança, está gravado nitidamente em minha mente transtornada que procura em vão no vão da janela uma saída.
A janela meu único refúgio, o espaço entre a dor e a tristeza a estrada que liga você a mim e eu a você, sigo inerte não sinto frio nem calor, olhando pela janela sinto apenas a saudade doer fundo desmontando o que restou da mulher que um dia te amou, e que ainda ama que teima em trazer para mais perto a ferida aberta pelo adeus, restou apenas o rosto que olha pela janela, que procura na estrada  um corpo, um olhar.
Teu nome vem aos meus lábios, mas o som é um grito de agonia, uma dor aguda atravessa meu peito, como um punhal afiado que rasga de lado a lado o coração ferido moribundo.
Olhar pela janela buscar no tempo e na voz do vento noticias suas apenas o som do silêncio me responde.
Uma procura infinita se estende por este espaço, no meu corpo o calor do teu abraço, na minha boca o gosto daquele beijo triste no dia do adeus, um olhar pela janela, uma lembrança que resiste ao tempo, um olhar pela janela é o que me resta.
Ceres, 22 de fevereiro de 2018.
Maria Edith Faustino de Araújo

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

"CONTRAMÃO"

         Amanheceu!O céu se tornou róseo e a luz do sol vai rompendo as trevas da escuridão,vai brilhando,iluminando tudo ao seu redor, empresta ao dia o seu calor, só eu sinto o frio da solidão, caminho, mas meus passos não encontram rumo, me curvo sob o peso da saudade de nós dois, o pensamento viaja a tempos atras, de sorrisos, de abraços no caminho que não volta mais, no olhar um sonho, no peito um amor, dia presente, tristeza,saudade e dor.
         Onde está você nesse momento, em quem está seu pensamento, para onde te leva teus passos, em qual abraço descansa teu corpo, sera que ainda sonha com meus beijos, será que ainda guardas no peito o meu calor?Ou será que já nem te lembras de mim?meu caminho não tem direção, meu coração segue na contramão te procurando,não te encontro em nenhum ponto, findo a estrada, na madrugada do sonho me abandono nas lembranças e na curva do passado ainda me encontro em teu abraço.Mas na contramão do destino, vivo presa ao desatino deste amor que não se acaba, que se renova todo dia em minha estrada.
Maria Edith Faustino de Araujo
Ceres,21 de fevereiro de 2018